Olá pessoal,
Se tem uma coisa que o MYSTIC precisa é de um banho de marcenaria: Troca de algumas madeirinhas, reforço em outras e, claro, uma boa envernizada geral.
Mas confesso que ainda não vai ser dessa vez que vou fazer isso. Marcenaria em barco leva tempo e custa uma pequena fortuna. Junte-se a isso que não conheço um bom profissional (eu disse profissional, e não um curioso) que tenha um preço que caiba no meu orçamento. Então, muitas coisas dessa parte, faço eu mesmo, até porque embora trabalhosa, mexer com madeira é uma atividade que gosto bastante.
Recentemente, visitando o barco de alguns conhecidos e passeando em outros, fiquei encantado com aqueles banquinhos que tem na popa do barco. Em travessias e mesmo em algumas velejadas em que se está mais a fim de curtir o passeio do que tocar o leme, sentar nesses banquinhos e curtir dali o passeio é muito legal e confortável.
No MYSTIC, quando encomendei a targa, pensei em incluir a estrutura dos bancos no projeto, mas minha restrição orçamentária me fez tomar outro caminho. A targa foi feita e instalada, mas os bancos teriam que ser adaptados nos pulpitos originais. Após ver algumas fotos na internet e visitado alguns barcos, projetei os do meu barco e parti para a realização.
Optei por fazer bancos de compensado de 20mm e revestidos com tecido de fibra de vidro e resina. O acabamento foi com tinta PU (automotiva). A fixação no local foi feita através de umas chapinhas soldadas no pulpito de popa quando da instalação da targa e o apoio, resolvi comprando um tubo de alumínio com rosca interna, que serviu de pé para os bancos.
Aproveitando o embalo de estar mexendo com madeira, parti para outra faina, desta vez, dentro do barco.
Assim como muitos donos do FAST 310, eu também havia tirado a mesa da cabine, porque ocupava muito espaço. O problema disso é que quando você vai servir alguma refeição, ela tem que ser feita com prato na mão e isso definitivamente não funciona, quando se tem um filho de 5 anos a bordo. Então, depois de pensar um pouco, decidi projetar uma mesa rebatível.
A ideia seria ter uma mesa que ocupasse pouco espaço quando não estivesse em uso, mas que fosse tão boa quanto a original, quando aberta. Então, por que não usar a própria mesa original?
Partindo dessa premissa, de fazer algo a partir da própria mesa do barco, decidi tirar sua base e aproveitar somente o tampo. Ao rebatê-la, ela deveria ficar na vertical, encostada na coluna de apoio do mastro. Bolei novos pés de apoio que, quando a mesa está fechada, ficam escondidos por dentro dela e, assim, consegui otimizar mais um detalhe do barco, agregando-lhe praticidade e valor.
Compensado cortado e sendo preparado para ser fibrado |
Detalhe da borda arredondada para não machucar a perna de quem sentar |
Após receber a primeira camada de tecido de fibra e resina |
Meu assistente, preparando para a segunda camada de fibra |
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A mesa original |
Só aproveitei as tábuas de cima |
As peças prontas e envernizadas |
Resta agora montar e instalar |
A mesa já instalada |
Primeira refeição |
Até a próxima!
Bons Ventos!!!
.
O trabalho ficou bonito, mas achei muito grande desproporciaonal a área do cokpit
ResponderExcluirFala Ulisses,
ExcluirOs banquinhos foram pensados para ocupar uma área meio morta do cockpit.
De fato, eles poderiam ser menores, mas porque não agregar conforto, sem necessariamente prejudicar outra funcionalidade?
Forte abraço,
Lauro