sábado, 16 de janeiro de 2016

FECHANDO 2015

FELIZ 2016, PESSOAL !!!!

O MYSTIC fechou o ano de 2015 em grande estilo, com um passeio pelas águas da Ilha Gipóia e Ilha de Paquetá, em Angra.

O ano de 2015 foi um ano de muito trabalho e compromissos crescentes, que tem me afastado cada vez mais do mar. Consegui uma folguinha no trabalho, emendando o feriado de Natal com o de Ano Novo e, aproveitando uma trégua nos compromissos particulares de final de ano, combinamos com o "Bernardo & Joana family" um pequeno passeio pela Ilha Grande.

MYSTIC e Verona II na Amendoeira
Eu tinha em mente que não queria tumulto, nem dificuldades no pernoite, banho etc e isso seria um desafio nessa época do ano, naquela região. Já o Bernardo desejava fazer seu primeiro pernoite em família a bordo e era importante que as coisas transcorressem bem. Lembrei-me de, certa noite de insônia, estar pesquisando ilhas e praias fora do eixo da badalação, pois já havia um tempo que eu gostaria de visitar lugares novos (mesmo estando muito longe de conhecer todos os encantos da Ilha Grande), algo como praias desertas, de areias claras como Lopes Mendes.

A Gipóia é uma ilha rodeada de belas praias, dentre elas a badaladíssima Praia do Dentista. Em sua face E está a conhecida praia de mesmo nome (Leste), de onde parte a tradicional Procissão Marítima de Angra dos Reis, todo dia 1º de janeiro. Outras praias, de Leste a Norte da ilha possuem bons restaurantes no seu entorno e, aproximadamente na face SW da ilha, existem duas pequenas praias que, apesar da proximidade da Praia do Dentista, praticamente não são visitadas. Estava escolhido nosso destino para o passeio.

Ilhas Botinas
A programação ficou mais ou menos assim: chegaríamos no clube em Angra, eu botaria o barco no cais e ficaríamos curtindo o resto do dia ali mesmo. No dia seguinte partiríamos cedo para a Gipóia, aproveitaríamos parte do dia ali e depois seguiríamos para a Ilha de Paquetá - não muito longe dali e onde poderíamos comer uns pastéis e beber uma cerveja. Dali, de volta para o clube, haveria uma boa chance de dar uma velejada, já que aquele trecho da Baía da Ilha Grande (BIG) costuma soprar uma viraçãozinha de tarde. O próximo dia (o último), iríamos de manhã cedo para a Ilha Cataguás, a pouco mais de umas 2 MN do clube e então retornaríamos, fecharíamos tudo e partiríamos de volta pra Niterói.

Os costões da Ilha Gipóia

 Claro que toda essa programação teria que ser aceita pelo Murphy.

O grande dia chegou! Saímos de casa logo depois do almoço com um tempo "meio barro, meio tijolo", com o sol meio tímido, mas fomos. Chegamos em Angra com tanta chuva que tivemos que parar no Shopping Pirata's Mall pra esperar melhorar um pouco. Só chegamos no barco já de noite e foi a conta de arrumar tudo, tomar um banho e ir pra cama dormir.

A Praia da Amendoeira

O dia seguinte amanheceu nubladão, com raros mormaços, mas o calor e a empolgação não nos deixaram desistir do passeio. Além do mais, o Bernardo já estava a caminho da tal praia. Não tinha uma gota de vento e o Control 48 HP do MYSTIC cantou alto até o nosso destino - não sem antes passarmos pelas Ilhas Botinas e pela costa da Ilha Gipóia, contemplando seu relevo.

Chegando lá, fomos logo pra água e depois nadamos até a praia. Só havia uma lancha fundeada no canto e nossos dois veleiros no meio. Mais tarde outras duas embarcações pararam próximo, mas havia espaço suficiente para todos, tanto é que nem nos cruzamos na areia. Como não tinha sol, passamos protetor somente no Gustavo, o que se revelou um erro. Algum tempo depois, o sol saiu com tudo e não tínhamos uma barraca para nos proteger. Tudo bem! Voltamos pra água e curtimos um montão lá.

Águas quentes e transparentes
A tal praia, da Amendoeira, é linda! A areia é branquinha como eu sonhara e termina na mata. Não consegui ver qualquer construção, embora tenha percebido uma trilha num canto. A água parece de uma praia de mar aberto, de tão transparente que é. Por falar em mar aberto, como a posição da praia é virada para a saída da Baía da Ilha Grande (BIG), ali quebram ondas quando há swell. Outro detalhe importante é a pouca profundidade de sua orla. Por conta disso, tivemos que fundear bem afastados, para que as poucas ondas do dia não nos jogasse na praia.

Depois de muito nadarmos e brincarmos na areia, acabamos "expulsos" da praia pelo sol e calor. Meu desejo de conhecer um local assim ali nas redondezas estava saciado e como a fome já estava torcendo meu estômago, dei a ordem de suspender, com destino à Ilha de Paquetá. Eu e Renata estávamos vermelhos que nem turista alemão no verão de Copacabana, no Rio de Janeiro e essa conta acabou nos sendo cobrada mais tarde...

Uma hora mais tarde, novamente navegando a motor, chegamos à Ilha de Paquetá, lotada de lanchas e "farofeiros da alta sociedade". Este é um detalhe que merece um aparte na nossa história:

É impressionante como tem gente abastada que inunda os Facebooks e Instagrans da vida criticando e/ou zoando os hábitos, digamos, "espalhafatosos" das classes mais humildes, mas que fazem o mesmo em paraísos como a BIG. Assistimos de tudo um pouco: latinhas caindo ao mar, lanchas tentando se espremer entre outras, som alto, mergulhos acrobáticos em cima dos outros e muitas estripulias mais.

Paraíso e farofada, lado a lado
Bem, feito esse "aparte", fundeamos mais afastados da confusão e desembarcamos para devorarmos os deliciosos pastéis de camarão que servem ali. As crianças aproveitaram, claro, pra brincar mais e nós ficamos curtindo o resto da tarde o clima agradável e a beleza do local.

Infelizmente, o retorno para o clube foi, uma vez mais, no motor, porque o vento não deu o ar da graça. No canal entre a Ilha Gipóia e o continente cruzamos com várias lanchas e foi triste constatar como existem ignorantes, mal educados e irresponsáveis pilotando potentes máquinas por nossos mares. Eles passam perto em alta velocidade, desconhecem (ou não respeitam) as mais básicas regras de trânsito aquaviário e colocam todos em sua volta em perigo.

Curtindo a piscina do clube
Chegamos ao cais do clube são e salvos e satisfeitos com o passeio do dia. Não fossem as queimaduras feitas pelo sol, o dia teria sido perfeito! Resolvemos, então, tomar um banho e ir comer uma pizza no shopping, para encerrar com chave de ouro o nosso dia.

O último dia amanheceu com um sol inclemente e minhas costas e braços deixavam claro que não havia como suportar mais uma aventura sem a proteção da camada de ozônio da Terra. Não nos restou alternativa senão adiar o passeio para Cataguás para uma próxima oportunidade. Ficamos na piscina do clube (eu de protetor fator 60 e camisa de manga comprida) relaxando até a hora do almoço, quando iniciamos a arrumação das coisas para nosso retorno pra casa. Logo em seguida a turma do Bernardo se despediu, seguindo rumo a outro encontro que eles tinham.

Como sempre, nossos passeios não precisaram ser para longe para nos divertirmos pra valer. O contato com o mar e a natureza mais uma vez renovou nossas energias e nos encheu de vontade de retornar em breve. É um passeio e uma diversão que desejo que todos possam ter um dia, de contato com um paraíso que, apesar dos esforços do homem em destruir, ainda encontra-se bastante preservado e convidativo.


Até a próxima!

Praia da Amendoeira: paraíso deserto

Comandante e Imediato, fazendo a navegação

Meu tripulante banguela (rs)

Em Ilha de Paquetá...

... e na piscina do Clube

Um lindo dia!