quarta-feira, 23 de março de 2016

VELEJADINHA DE FÉRIAS

Olá amigos,

Tirei umas semanas de férias do trabalho!

Em meio a um mar de tarefas e pendências pra resolver, encontrei um tempinho pra dar uma velejada de Ranger 22, na última 3ª feira. Foi uma velejadinha solo aqui na Baía de Guanabara mesmo, mas foi bem divertida!

Velejando em meio a belas paisagens
Interessante que sempre sofri com alguma falta de confiança para tocar um barco sozinho, embora tenha convicção que possuo experiência e capacidade de sobra para fazer isso. Cada vez mais e mais tenho velejado só e tenho gostado bastante. Eu tenho uma meta de num futuro próximo, empreender uma travessia em solitário, mas nada digno de um livro, ou um feito a ser seguido. Somente a extrapolação de um limite pessoal. Uma pequena travessia em solitário.


Pousando novamente dos meus sonhos e voltando ao relato, o passeio dessa semana, apesar de ser o mesmo de muitas outras vezes, mais uma vez me fez ver as mesmas coisas,  de forma diferente. Como o mar é legal!!! As mesmas paisagens mostram-se sempre muito diferentes! 

Dessa vez optei por fazer um través pra lá e um través pra cá. Queria ver velocidade e não queria o barco muito adernado, como num contravento em orça apertada. Saí do clube em Niterói, icei as velas, caprichei na regulagem e aproei para a Praia do Flamengo, no Rio de Janeiro. Fui 
Outros veleiros
observando os pássaros voando e tentando tirar ensinamentos do "relacionamento" deles com o vento. Prestei atenção ao calor da Pedra do Morcego e seu efeito no vento ali nas proximidades. Olhei atentamente para os braços de maré e seu efeito sobre o barco. Obviamente a poluição não passou despercebida e, refletindo sobre todo aquele lixo flutuando (era muito lixo, como sempre) e a proximidade dos jogos olímpicos, observei os atletas estrangeiros treinando por ali. Fiquei com a impressão do profissionalismo desse pessoal. Com toda aquela sujeira ali, era pra eles reclamarem muito!!! Não ficaria surpreso se houvesse um boicote! Acreditem!
Retornando
Na Baía de Guanabara, em determinados momentos e condições, você não veleja mais de 100 metros sem colidir com algo - normalmente sacos plásticos. E eles lá, aos montes, treinando do jeito que dava. Uma vergonha! Bem, aí, num pensamento típico "carioca-tupiniquim", eu olhava pra cima e a paisagem deslumbrante do Pão de Açúcar, do Cristo etc, davam uma aliviada na decepção com a água.

Eu atravessei a Baía de Leste para Oeste e voltei. Enquanto o vento se manteve na casa dos 12 / 15 nós, meu valente Rangerzinho andou quase todo o tempo acima dos 6 nós de velocidade. Nada mal para um projeto de 36 anos de vida, com apenas 22 pés e equipado com uma genoa 125%. Quando o vento minguou, foi a hora do novo membro da família entrar em ação - um Evinrude 3.5 hp de 4 tempos, que empurrou o barco a honestos 5 nós (no mar liso).

Museu de Arte Contemporânea (MAC) ao fundo

Pedra do Morcego

Chegada ao clube

Cheguei ao clube já no final da tarde, arrumei rapidamente o barco e fui embora, buscar o filhote na escola.

Quando a gente consegue dar uma velejada dessa, sempre ficam as boas lembranças e o gostinho de quero mais. Certamente tentarei ainda dar mais uma velejada antes do fim das férias! Mas aí será assunto para, quem sabe, uma nova postagem.



Bons Ventos

Até a próxima!



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