sexta-feira, 29 de abril de 2011

VELEJADA NO FERIADO

O ferirado da Semana Santa foi especial. Meu irmão, que mora no interior de São Paulo e fazia bastante tempo eu não o via, veio com a família especialmente para o meu aniversário, ocorrido no dia 23.

Como nunca o havia levado para velejar, precisei dar uma ajeitada no barco para podermos sair e curtir o evento.

Ele, após uma verdadeira Via-Crucis chegou a Niterói na 5ª feira, dia 21 e fomos direto para o clube, para começarmos a preparação do barco. Era necessário recolocar a vela mestra no lugar (eu a havia levado para o Arnaldo fazer uns ajustes), recolocar as capas do estofamento (tiradas para lavar) e o principal: adaptar de alguma forma um motor de popa no barco, já que ainda não resolvi o que vou fazer com o motor de centro do barco (se instalo o original, ou se troco por um Yanmar zerinho) e era necessário levar o barco para um mergulhador conhecido meu raspar o fundo.

Depois de estudar um pouco, acabamos adaptando uma madeira na escada de popa do barco, de forma a acomodar meu valente Mercury 3.3 hp. Partimos, então, no motorzinho (não havia uma gota de vento), rumo ao Clube Naval Charitas (CNC), onde encontraria o mergulhador Biriba.

Meu irmão timoneando o MYSTIC. Ao fundo o valente 3.3 hp e à direita da foto, o novo equipamento de fundeio.

Apesar da baixa velocidade, o passeio por si só já estava agradável, com sol e um calor combatido com uns refrigerantes gelados. Baixamos o novo equipamento de fundeio do Mystic (100m de cabo + 10m de corrente + âncora Bruce de 10kg) ao largo do CNC e o Biriba logo mergulhou para fazer o serviço. O fundo estava criticamente sujo, resultado de vários anos sem receber qualquer limpeza e muito menos uma renovação da pintura de fundo.

O retorno, já no fim da tarde, também foi ao som do motorzinho, já que o vento não deu o ar de sua graça. A velocidade, porém, foi bem maior, já que não tínhamos mais aqueles tripulantes indesejáveis grudados no fundo do casco.

Biriba em ação


A 6ª feira chegou, e com ela a expectativa da primeira velejada do meu irmão. O sol estava bem quente e o vento ainda não havia aparecido, motivos pelos quais deixei a velejada para o fim da tarde.

Eu no leme e meu sobrinho, curtindo o pé na água.

Às 15h30 estávamos no barco - eu, meu irmão e um casal de sobrinhos. Já havia uma leve brisa e o sol já não era tão implacável assim. O dia estava lindo e o cenário não podia ser mais bonito. Icei a mestra e abri a genoa. Não havia um destino definido, mas queria ir o mais longe possível, mostrar um pouco desse mundão azul a nossa disposição. Infelizmente, olhando para fora do Saco de São Francisco, não havia quase vento. Resolvemos, então, ficar velejando por ali mesmo, curtindo a brisa de S/SE.

Logo ao zarpar tivemos uma suspresa muito legal: encontramos meu amigo Gustavo, passeando com sua namorada a bordo do seu veleiro Rappunzel. Seguimos levemente adernados, contornando a raia do campeonato estadual de Dingue, que ocorria ali. Nosso primeiro destino era passar próximo do Clube Naval. Na sequência, cruzamos com o J-24 Marrento, lá do PCSF, do amigo André, que, além da velejada, rebocava o filho de um amigo.

Enquanto o Gustavo e a Sabrina velejavam a bordo do Rappunzel, ...

...o André e seu sócio levavam o filho do cara pra fazer esqui-bunda no Marrento.


O barco acelerava suavemente, cantarolando o barulho da água no casco. Meus sobrinhos queriam botar os pés na água e foram para a plataforma de popa do Mystic. Diversão pura!

Do CNC, resolvi velejar numa popa rasa em direção à praia de Icaraí e depois um contravento até o JIC. Gostaria de ter passado mais perto do Morro do Morcego - um lugar que acho muito bonito, mas ali o vento era zero. Demos várias cambadas, cruzamos mais algumas vezes com o Rappunzel e a tarde foi caindo. O enfraquecimento do vento avisava que era hora de retornar ao clube e assim o fizemos. Quando nos aproximávamos, o vento acabou com o barco a poucos metros da poita. Estiquei o croque e pesquei-a e na sequência, amarrei o barco na poita. Era o fim do passeio.

Contabilizando, o dia não poderia ter sido melhor! A velejada foi perfeita, com vento na medida certa, proporcionando um passeio confortável e prazeroso e sem espantar as crianças a bordo. O motor acabou servindo apenas para testemunhar que um barco a vela é feito para velejar. Virou um passageiro de luxo. Fui embora cansado, mas extremamente feliz, pois foi minha primeira velejada no barco com o fundo limpo e as velas novas, e principalmente com a presença do meu irmão.

MYSTIC orçando, sem destino.

O dia estava lindo!!!

Um belo cenário, para uma bela velejada.

Por do sol na Estrada Froes, com o Rio de Janeiro ao fundo.

Até a próxima MYSTIC!!!!


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