quinta-feira, 30 de maio de 2013

ESTAMOS DE VOLTA

Olá pessoal,

Depois de um tempo sem postar, estamos de volta!!!

Não que nesse período o barco estivesse largado, ou mesmo que não estivéssemos navegando. Andou faltando um misto de tempo, paciência e criatividade para escrever. Mas o mar correu pela quilha do MYSTIC e a ideia agora é fazer um breve resumo do que rolou.

Depois daquele final de semana em meados de março (vejam a última postagem antes dessa), ainda fui à Angra com o Gustavo, com a ideia de simplesmente dar uma velejada, sem destino. Era um dia de semana, com sol fraco, mais para um mormaço e vento fraco. Bem fraco.

Saímos do clube a motor, em busca de ventos mais frescos. Logo ali em frente avaliamos que as rajadas já seriam suficientes para levar o MYSTIC e assim, começamos o passeio propriamente dito. Caso o vento permitisse, havíamos planejado das a volta na Ilha Gipóia e, portanto, tomamos o rumo do canal. Como com o passar das horas o vento não aumentou, ainda na altura da laje do Pendão, abortamos o plano simplesmente porque não haveria tempo suficiente para cumprirmos nossa meta. Some-se a isso que o tempo fechou de vez e uma leve garoa começou a cair. Bem, dali demos uma velejada até as Ilhas Botinas e seguimos de volta para o clube. No caminho o vento morreu de vez e terminamos o trajeto a motor, tal como saímos.

Eu já vinha aproveitando minhas idas à Angra para fazer algumas manutenções no barco, mas estava incomodado que a logística para trabalhar não era a melhor. Nessa ida, por exemplo, resolvi tirar a capa da mestra para levar para o Arnaldo (Cognac Velas) fazer uma revisão e foi só!

O MYSTIC em sua poita, em frente ao PCSF

A solução para poder dar um trato no barco seria trazê-lo para Niterói e, no final de semana do dia 20 de abril, zarpamos de Angra com destino ao Praia Clube São Francisco, em Niterói.

Tripulação
Para esta travessia, convoquei o Gustavo e o Luciano Guerra (veleiro Araiti) para comporem a tripulação do MYSTIC. Trata-se de dois velejadores muito safos e com uma boa experiência, de maneira que fiquei muito tranquilo para essa empreitada. Na verdade eu tinha outros amigos que gostaria de convidar para a travessia, mas pesou minha crença de que um barco cheio prejudica o conforto e o desempenho. Não faltarão oportunidades para eu pagar minhas promessas de vagas em travessias. (rs)

Junto com o MYSTIC, zarpou de Angra o Caulimaram - novo veleiro do meu amigo e parceiro de travessias, Ulisses. Esse barcão merece um post exclusivo, que terei o prazer de escrever em breve.

O Caulimaram navegando ao largo, rumo ao nosso ponto de encontro para travessia
Zarpamos das proximidades do Abraão, na Ilha Grande, por volta das 18h15, com vento fraco de través para alheta (S/SW). O mar estava bem calmo e assim ficou durante toda a travessia. Conseguimos velejar a mais ou menos 5 nós de velocidade em praticamente toda a Restinga de Marambaia, quando o vento morreu definitivamente. Navegávamos próximo ao través de Guaratiba quando o motor foi ligado em definitivo.

Esta foi uma travessia chata, sem graça, apesar da excelente companhia dos meus amigos tripulantes. O fato é que não vimos golfinhos, o vento não chegou a empolgar e até mesmo outras embarcações não cruzamos. Se é que podemos considerar uma diversão, a partir da Barra da Tijuca começamos a ver nuvens de chuva isoladas despejando aguaceiros aqui e ali. Ficamos num misto de torcida e preparados para desviar delas, pois não tem coisa pior que uma travessia molhada.

Por do sol na saída da Ilha Grande
Quando o dia clareou, já estávamos adentrando a Baía de Guanabara e, pontualmente às 6h30 da manhã o Gustavo estava sendo desembarcado na Marina da Glória. Dali, eu e o Luciano atravessamos a Baía para Niterói, rumo ao PCSF - nosso destino final. Quando arrumávamos o barco, já na poita, caiu uma chuvarada, que nos obrigou a permanecer a bordo até depois das 9h. Foi bom porque me permitiu dar uma cochilada - um motivo a mais para curtir o barco.

Chegando na Baía de Guanabara, com o dia amanhecendo

A partir de agora o papo volta a ser manutenção! A lista de afazeres e melhorias é grande e espero conseguir realizar tudo antes de levar o barco de volta pra Angra. Minha previsão (e vontade) é retornar em meados de julho, mas essa agenda só a evolução dos trabalhos vai poder confirmar.


Até a próxima!!!