Olá pessoal,
Depois de um tempo sem postar, estamos de volta!!!
Não que nesse período o barco estivesse largado, ou mesmo que não estivéssemos navegando. Andou faltando um misto de tempo, paciência e criatividade para escrever. Mas o mar correu pela quilha do MYSTIC e a ideia agora é fazer um breve resumo do que rolou.
Depois daquele final de semana em meados de março (vejam a última postagem antes dessa), ainda fui à Angra com o Gustavo, com a ideia de simplesmente dar uma velejada, sem destino. Era um dia de semana, com sol fraco, mais para um mormaço e vento fraco. Bem fraco.
Saímos do clube a motor, em busca de ventos mais frescos. Logo ali em frente avaliamos que as rajadas já seriam suficientes para levar o MYSTIC e assim, começamos o passeio propriamente dito. Caso o vento permitisse, havíamos planejado das a volta na Ilha Gipóia e, portanto, tomamos o rumo do canal. Como com o passar das horas o vento não aumentou, ainda na altura da laje do Pendão, abortamos o plano simplesmente porque não haveria tempo suficiente para cumprirmos nossa meta. Some-se a isso que o tempo fechou de vez e uma leve garoa começou a cair. Bem, dali demos uma velejada até as Ilhas Botinas e seguimos de volta para o clube. No caminho o vento morreu de vez e terminamos o trajeto a motor, tal como saímos.
Eu já vinha aproveitando minhas idas à Angra para fazer algumas manutenções no barco, mas estava incomodado que a logística para trabalhar não era a melhor. Nessa ida, por exemplo, resolvi tirar a capa da mestra para levar para o Arnaldo (Cognac Velas) fazer uma revisão e foi só!
O MYSTIC em sua poita, em frente ao PCSF |
A solução para poder dar um trato no barco seria trazê-lo para Niterói e, no final de semana do dia 20 de abril, zarpamos de Angra com destino ao Praia Clube São Francisco, em Niterói.
Tripulação |
Para esta travessia, convoquei o Gustavo e o Luciano Guerra (veleiro Araiti) para comporem a tripulação do MYSTIC. Trata-se de dois velejadores muito safos e com uma boa experiência, de maneira que fiquei muito tranquilo para essa empreitada. Na verdade eu tinha outros amigos que gostaria de convidar para a travessia, mas pesou minha crença de que um barco cheio prejudica o conforto e o desempenho. Não faltarão oportunidades para eu pagar minhas promessas de vagas em travessias. (rs)
Junto com o MYSTIC, zarpou de Angra o Caulimaram - novo veleiro do meu amigo e parceiro de travessias, Ulisses. Esse barcão merece um post exclusivo, que terei o prazer de escrever em breve.
O Caulimaram navegando ao largo, rumo ao nosso ponto de encontro para travessia |
Zarpamos das proximidades do Abraão, na Ilha Grande, por volta das 18h15, com vento fraco de través para alheta (S/SW). O mar estava bem calmo e assim ficou durante toda a travessia. Conseguimos velejar a mais ou menos 5 nós de velocidade em praticamente toda a Restinga de Marambaia, quando o vento morreu definitivamente. Navegávamos próximo ao través de Guaratiba quando o motor foi ligado em definitivo.
Esta foi uma travessia chata, sem graça, apesar da excelente companhia dos meus amigos tripulantes. O fato é que não vimos golfinhos, o vento não chegou a empolgar e até mesmo outras embarcações não cruzamos. Se é que podemos considerar uma diversão, a partir da Barra da Tijuca começamos a ver nuvens de chuva isoladas despejando aguaceiros aqui e ali. Ficamos num misto de torcida e preparados para desviar delas, pois não tem coisa pior que uma travessia molhada.
Por do sol na saída da Ilha Grande |
Quando o dia clareou, já estávamos adentrando a Baía de Guanabara e, pontualmente às 6h30 da manhã o Gustavo estava sendo desembarcado na Marina da Glória. Dali, eu e o Luciano atravessamos a Baía para Niterói, rumo ao PCSF - nosso destino final. Quando arrumávamos o barco, já na poita, caiu uma chuvarada, que nos obrigou a permanecer a bordo até depois das 9h. Foi bom porque me permitiu dar uma cochilada - um motivo a mais para curtir o barco.
A partir de agora o papo volta a ser manutenção! A lista de afazeres e melhorias é grande e espero conseguir realizar tudo antes de levar o barco de volta pra Angra. Minha previsão (e vontade) é retornar em meados de julho, mas essa agenda só a evolução dos trabalhos vai poder confirmar.
Até a próxima!!!