Olá Pessoal,
Finalmente tirei, na semana passada, o gesso da mão. Por conta do tempo que fiquei imobilizado, não pude ir à Angra cuidar do barco, totalizando longos 2 meses distante das velejadas no paraíso.
Na 6ª feira passada, juntamente com meu amigo Gustavo, fizemos um "bate e volta" à Angra para dar uma limpeza no barco, ligar o motor e, claro, dar uma voltinha. Acabou que conseguimos fazer as tarefas e ainda deu tempo de atravessar para o Sítio Forte e almoçar no Bar da Telma, voltando pra Niterói no mesmo dia.
Gustavo (em pé) e o S. Orlando formaram comigo a tripulação do MYSTIC para esse passeio. |
Com o sucesso da empreitada da semana passada, resolvemos repetir o "bate e volta" e voltamos à Angra ontem. Para esse passeio, convidei também meu ex-sogro, com quem mantenho contato até hoje e uma pessoa que gosto muito - um segundo pai para mim. Ele possui um veleiro na região também, mas praticamente não veleja, talvez por falta de companhia de quem entenda um pouco e, por causa disso, é mais um motivo para eu levá-lo em meus passeios.
Chegamos em Angra por volta de 10h, comemos um sanduíche e zarpamos com destino à Lagoa Verde, na Ilha Longa. A idéia era fazer um pit stop para um mergulho e seguir para a Praia da Tapera, para mais um almoço na Telma.
A Lagoa Verde é, na verdade, um cantinho espremido entre a Ilha Longa e a Ilha Grande. Suas águas são indecentemente transparentes e de um tom esverdeado muito bonito.
Como ainda era relativamente cedo, não havia vento e por isso motoramos até lá. Pra falar a verdade, chegamos na Lagoa Verde junto com a entrada de um S/SW médio, que acabou nos desestimulando a parar, por causa das condições que poderiam piorar e também por causa de duas escunas que lotavam o local.
Da Longa até o Sítio Forte foi uma velejada agradável, apesar dos ventos bastante rondados daquele canto. Chegamos na Tapera e logo desembarcamos, pois o calor era forte e a água estava numa temperatura perfeita para um mergulho. Pedimos a famosa lasanha de peixe da Telma e fomos para dentro d'água.
Enquanto almoçávamos, começamos a escutar trovoadas vindas do continente e notei que o tempo já estava bem escuro pras bandas do clube. Terminamos de almoçar e logo zarpamos, pois ainda tinha um ventinho razoável e a velejada de volta prometia.
Partimos do Sítio Forte com destino ao clube já cercados de chuva por todos os lados. O vento ainda soprava honestamente e por isso cortamos o motor e abrimos as velas. Por um descuido na hora de desligar a chave, acabamos desligando um automático que, a rigor, nunca funcionou direito, mas que se desligado, corta a ignição. No momento que o vento fraquejou, não teve santo que fizesse o motor ligar. Praticamente velejamos com ventos inconstantes e algumas pancadas de chuva até próximo do clube, quando após ter trocado bateria, verificado tudo que poderia ter quebrado, lembrei do bendito botão. A chegada, embora molhada, foi tranquila e já quase sem vento.
Óleo? Detritos? Só sei que é triste ver isso na Ilha Grande |
A nota triste do passeio foi a enorme quantidade de peixes mortos, exalando um mau cheiro terrível que passamos na saída do clube e uma mancha esquisita que vimos quando nos aproximávamos da Lagoa Verde. Quando retornávamos para o clube, cruzamos com uma enorme traineira dispensando mais de uma tonelada de pequenos peixes mortos na água. Depois, esses mesmos pescadores são os primeiros a reclamar que suas pescarias não são mais tão fartas e culpam a poluição e o progresso por isso. Talvez se não matassem tantos peixes pequenos, hoje haveria mais disponibilidade de pescado.
Bons Ventos e até a próxima!
Eu, S. Orlando e o Jarbas, nosso timoneiro oficial |
As verdes águas da Lagoa Verde |
O dia estava lindo |
S. Orlando caminhando na Praia da Tapera |
MYSTIC mais uma vez na enseada do Sítio Forte |
Gustavo era só curtição |
Eu e meu querido MYSTIC |
A tripulação e o MYSTIC ao fundo |
Velejada de retorno |
Já na poita, se secando e arrumando para ir embora |